Ars Phytonica
O Ars Phytonica é um manuscrito do século XVIII, preservado na coleção de grimórios da Universidade de Leipzig. Este texto alemão, possivelmente uma transcrição de um original mais antigo, destaca-se por seu conteúdo prático e conciso, oferecendo um ritual necromântico detalhado para animar um crânio humano com o propósito de adivinhação.
Conteúdo e Estrutura
O grimório descreve um ritual específico que envolve a preparação e consagração de um crânio humano para torná-lo um instrumento de adivinhação. Este processo inclui etapas como a purificação do crânio, a inscrição de nomes de espíritos em uma faixa (nifala) colocada sobre ele e a realização de conjurações destinadas a infundir o crânio com entidades espirituais. O objetivo final é permitir que o praticante obtenha respostas divinatórias diretamente do crânio animado. 
Análise e Interpretação
O termo “Phytonica” no título do manuscrito é objeto de debate. Uma interpretação sugere que ele deriva do grego “phyton” (planta), embora o conteúdo do texto não seja de natureza herbária ou alquímica. Outra possibilidade é que o título se refira à “arte de Phyton”, possivelmente aludindo a práticas divinatórias ou necromânticas.
Importância Histórica e Esotérica
O Ars Phytonica oferece uma visão rara das práticas necromânticas e divinatórias da Europa Central durante o período medieval tardio. Sua abordagem direta e prática contrasta com outros textos esotéricos mais teóricos da época, destacando-se como um recurso valioso para estudiosos e praticantes interessados nas tradições mágicas ocidentais. A inclusão deste manuscrito em projetos como o Holy Daimon ressalta sua relevância contínua no estudo da magia e da espiritualidade ocidental. 
Em suma, o Ars Phytonica representa um testemunho significativo das práticas mágicas históricas, oferecendo insights sobre rituais necromânticos e a busca por conhecimento esotérico através de meios não convencionais.
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