Descrição
Grimoire of Arthur Gauntlet – Um Manual Prático de Magia Renascentista
O “Grimoire of Arthur Gauntlet” é um manuscrito inglês do século XVII que contém um extenso conjunto de instruções para magia cerimonial, invocações angelicais, feitiços, cura mágica e práticas astrológicas. Ele se destaca como um dos grimórios mais ricos e bem documentados da época, fornecendo um olhar profundo sobre as práticas mágicas dos ocultistas ingleses do período renascentista tardio.
Quem foi Arthur Gauntlet?
Arthur Gauntlet foi um médico e mágico prático londrino que viveu no século XVII. Seu grimório parece ter sido uma ferramenta de trabalho, reunindo conhecimentos mágicos para uso cotidiano.
Ele pertence a uma tradição de médicos-astrólogos que praticavam a cura por meio de talismãs, feitiços e conjurações angélicas, uma prática comum entre os médicos esotéricos da época, influenciada por pensadores como Paracelso e Cornelius Agrippa.
O manuscrito pode ter sido utilizado por aprendizes e praticantes de magia, servindo como um manual prático para operar com entidades espirituais e aplicar conhecimentos astrológicos na cura.
Conteúdo do Grimório
O Grimoire of Arthur Gauntlet cobre uma ampla gama de práticas mágicas, incluindo:
1. Invocações Angélicas e Demoníacas
• Conjurações de anjos e espíritos astrais para orientação, proteção e conhecimento oculto.
• Fórmulas para comunicação com espíritos familiares, entidades que auxiliam o mago em suas operações.
• Invocações inspiradas no sistema de John Dee e Edward Kelly, sugerindo uma conexão com a tradição enoquiana.
2. Magia Planetária e Astrológica
• Uso de horas planetárias para determinar os melhores momentos para rituais.
• Instruções para a criação de talismãs astrológicos e uso de sigilos mágicos.
• Métodos para identificar influências celestes favoráveis e desfavoráveis.
3. Feitiços de Cura e Proteção
• Rituais de cura utilizando nomes divinos e forças espirituais.
• Amuletos e orações para proteção contra doenças, feitiçaria e possessões espirituais.
• Feitiços para remover maldições e influências negativas.
4. Conjuração e Controle de Espíritos
• Métodos para evocar espíritos e obter respostas e visões através de práticas de scrying (vidência em espelho ou cristal).
• Conjurações para entrar em contato com espíritos do ar, da terra e das esferas celestiais.
• Técnicas de banimento e encerramento de pactos espirituais.
5. Influências de Outros Grimórios
O conteúdo do Grimoire of Arthur Gauntlet mostra semelhanças com diversos textos clássicos da magia ocidental, incluindo:
• The Heptameron (Pietro d’Abano) – influências nos rituais angélicos.
• Arbatel de Magia Veterum – princípios da magia celestial.
• The Key of Solomon – instruções para criação de talismãs e controle de espíritos.
Origens e Importância
Este grimório é um dos poucos exemplos sobreviventes de manuscritos de praticantes reais de magia no século XVII, oferecendo um retrato autêntico da prática mágica renascentista inglesa.
Ele reflete a transição da magia medieval para a magia cerimonial renascentista, misturando tradições cabalísticas, herméticas e astrológicas.
Além disso, como Gauntlet era um médico, o manuscrito demonstra como os praticantes do século XVII combinavam ciência médica, astrologia e magia cerimonial em sua rotina.
Publicação Moderna
O “Grimoire of Arthur Gauntlet” foi editado e publicado por David Rankine, um estudioso de grimórios e da tradição ocultista ocidental. Sua edição moderna inclui:
• Transcrição do manuscrito original com anotações explicativas.
• Notas sobre os feitiços e conjurações com paralelos em outros grimórios.
• Introdução histórica sobre Arthur Gauntlet e a magia na Inglaterra do século XVII.
Conclusão
O “Grimoire of Arthur Gauntlet” é um dos grimórios mais importantes da magia renascentista inglesa, fornecendo um manual detalhado de práticas mágicas reais.
Seus ensinamentos continuam sendo uma referência essencial para estudiosos da tradição esotérica ocidental, além de oferecer uma visão rara sobre como a magia era aplicada na vida cotidiana por médicos e ocultistas do século XVII.
